À espera do furacão Irma
Nossa família tem vivido no exterior nos últimos 21 anos e mudou-se para a Flórida uma semana antes de a região ser atingida pelo furacão Irma. De certa forma, má hora. No entanto, foi bom viver essa experiência em família.
Nossa família tem vivido no exterior nos últimos 21 anos e mudou-se para a Flórida uma semana antes de a região ser atingida pelo furacão Irma. De certa forma, má hora. No entanto, foi bom viver essa experiência em família.
Recentemente voltei de uma visita a Hong Kong, Beijing e Yanji, onde estive fazendo palestras. Falando sobre sustentabilidade ambiental a estudantes e professores em três contextos tão diferentes me fez pensar de novo no lugar da China no mundo e seu significado. Meus pensamentos sobre isto são obviamente pessoais e subjetivos.
O que entendemos por “vida abundante”? Culturas ocidentais e orientais tendem a definir “sucesso” em termos de prosperidade, riqueza, saúde, longa vida, segurança, liberdade e mobilidade. A busca destes objetivos está fazendo uma pressão crescente no ambiente natural, e também na estabilidade social e econômica.
Quando eu cursava história moderna na Universidade na década de 1980, a “Revolução Verde” era considerada um exemplo de progresso: como a tecnologia pode salvar e alimentar a todos. Hoje, as coisas parecem um pouco diferentes. Havia custos pesados: sociais, econômicos, ambientais. É possível alimentarmos o mundo sem destruirmos as comunidades, culturas e a criação? O que, se houver alguma coisa, tem a Bíblia a dizer sobre o solo, agricultura e o uso da terra? Na verdade, muito!
O Oxford English Dictionary anunciou que sua «Palavra do Ano para 2016», tanto no Reino Unido como nos EUA, é «pós-verdade». Em um ano que viu campanhas amargamente divisionistas no referendo do Brexit e na eleição americana, além de um aumento do extremismo político em várias partes do mundo, ficou claro que ingressamos numa era tóxica de medo e incerteza sobre em que acreditar e em quem confiar.
Espero iniciar uma discussão sobre como falamos sobre… por enquanto, vamos chamar-lhe “cuidar da criação”. “Mordomia” não é uma palavra bíblica, e apesar de “cuidado da criação” ser agora geralmente aceito, tal como todos os termos, tem as suas limitações. Podemos começar um debate sobre como podemos descrever da melhor forma a nossa tarefa e sermos intencionais com a nossa linguagem?
Às vezes as pessoas me dizem que acham que A Rocha é apenas sobre o meio ambiente. Não é. É sobre todos nós. É sobre transformar pessoas e lugares sendo uma comunidade onde as pessoas e lugares crescem juntos.
Recentemente, eu estive em Catmandu, falando sobre cuidado com a criação para um grupo de aproximadamente 90 líderes cristãos vindos do Nepal, Índia, Paquistão, Sri Lanka e Bangladesh. Eles estavam realmente receptivos… até que eu cheguei na parte dos planos futuros de Deus para a criação. Mas nós iremos todos para o Céu, não é mesmo? E o Arrebatamento? Não haverá uma nova criação? A terra não será destruída pelo fogo?
Eu cresci com o futuro de acordo com Hollywood: visões de um futuro assombroso com um mundo devastado e destruído. Não é surpreendente que a literatura popular cristã tenha seguido essas ideias. Por muitos anos, eu achei que a suposição principal era verdade: que esse mundo seria destruído completamente quando Cristo voltasse para o julgamento. Mas conforme conforme eu lia mais a bíblia, minhas perguntas se multiplicavam.
Por mais de uma década nós dois tivemos conversas sobre as alegrias e dificuldades no trabalho de captação de recursos e finalmente decidimos reuni-las num livro. Se soubéssemos que escrevê-lo significaria cinco anos de trabalho – talvez tivéssemos dado um ponto final naquele momento!