O nosso orgulho provoca a queda da terra?
Quais são, na sua opinião, os principais problemas ambientais? Perda de biodiversidade? Poluição? Mudanças no uso do solo? É provável que possa escrever uma longa lista, mas não sei quantos […]
Quais são, na sua opinião, os principais problemas ambientais? Perda de biodiversidade? Poluição? Mudanças no uso do solo? É provável que possa escrever uma longa lista, mas não sei quantos […]
A devastação de comunidades e habitats não foi tudo o que o furacão Irma deixou em sua esteira – imediatamente teve início um intenso debate público sobre se devemos ou não discutir mudança climática em momentos como esses.
Eu cresci com o futuro de acordo com Hollywood: visões de um futuro assombroso com um mundo devastado e destruído. Não é surpreendente que a literatura popular cristã tenha seguido essas ideias. Por muitos anos, eu achei que a suposição principal era verdade: que esse mundo seria destruído completamente quando Cristo voltasse para o julgamento. Mas conforme conforme eu lia mais a bíblia, minhas perguntas se multiplicavam.
Quando eu era criança, crescendo na Índia, havia uma canção que cantávamos frequentemente na escola: «Esta terra é sua terra / esta terra é minha terra / Dos Himalaias até o Cabo Comorim / Da cidade de Bombaim até a velha Calcutá, / Esta terra foi feita pra você e pra mim.» A conexão a um lugar é algo bom e importante; mas há uma grande diferença entre pertencer a um lugar e o lugar pertencer a nós.
Há uma forte corrente de desânimo e desespero na comunidade envolvida em conservação. Diante dos desafios que enfrentamos, não é surpresa. As necessidades podem ser avassaladoras – como é possível consertarmos tudo isso? As expectativas podem ser igualmente numerosas e desafiadoras – como é possível agradar a todos?
Um amigo me escreveu em um e-mail esta semana: “A Grande Comissão se trata claramente de fazer discípulos, e não de ecologia ou cuidado com a criação. É correto que as igrejas se envolvam no cuidado com o planeta, mas evangelismo e discipulado vêm antes. Então, não é que nós não salvamos focas, mas o fazemos depois de salvarmos almas.” O e-mail tocou num nervo.
Louis Armstrong cantou, milhões dentre nós acompanhamos: ‘Que mundo maravilhoso’. Claro, Deus fez o mundo bom – Gênesis nos conta isso repetidas vezes e termina com Deus declarando tudo ‘muito bom’. No entanto, se a criação foi feita muito boa, o que aconteceu? E quanto à predação, às doenças, à crueldade, aos vírus, vulcões, deficiências, terremotos?
Quando busco no Google ‘Coisas materiais têm importância para Deus?’ encontro mais de 20 milhões de resultados. Alguns sites alertam para os perigos que as coisas materiais representam para nosso relacionamento com Deus: outros alegam oferecer o segredo da prosperidade material. Parece que os cristãos estão extremamente confusos se as coisas que pensamos que possuímos, o mundo natural e até nossos corpos são, em sua essência, bons ou não.
No filme Matrix, o agente Smith disse: «Seres humanos são uma doença, um câncer neste planeta.X A ideia de seres humanos como um vírus tem se tornado cada vez mais difundida. Pululamos sobre este planeta, multiplicando-nos, poluindo, consumindo, destruindo. Ainda assim, a maior parte dos cristãos ficam horrorizados diante desta ideia. Certamente somos «feitos à imagem e semelhança de Deus»?