Um pescador e A Rocha
Neste verão, após 10 anos como administrador, eu me aposentei da diretoria de A Rocha Internacional. Como é que o filho de um pescador imigrante do Japão chegou a se envolver com o cuidado com a criação?
Neste verão, após 10 anos como administrador, eu me aposentei da diretoria de A Rocha Internacional. Como é que o filho de um pescador imigrante do Japão chegou a se envolver com o cuidado com a criação?
Apesar da beleza ordenada e do cuidado carinhoso que se pode observar no cemitério em um dia ensolarado de outono e a recriação perfeita, tijolo por tijolo, de Ypres pré-guerra, senti ali uma atmosfera pesada e muito triste. Pareceu-me mais do que a memória coletiva… vai mais fundo. A própria natureza parece reagir aos horrores do derramamento de sangue e da guerra. Os cristãos bíblicos não devem surpreender-se com isso.
Vivemos um momento da História em que nossa maneira de viver se caracteriza por propaganda apelativa, consumo desenfreado e gasto excessivo – tudo com consequências catastróficas para as comunidades ecológicas das quais fazemos parte e das quais dependemos para nossa própria sobrevivência. No entanto, existe uma narrativa alternativa.
Juntamos nossa voz aos muitos milhares de pessoas que lamentam a perda de Eugene Peterson, um mestre e guia tão amado para tantos de nós na família A Rocha por todo o mundo.
A história está escrita nas paisagens do Vale de Bekaa no Líbano. Baalbek com suas magníficas ruínas romanas, os tells arredondados mais antigas, e longas cercas de arame farpado e tanques enferrujados. Para o bem ou para o mal, deixamos nossa marca na terra muito depois de termos ido embora. As pessoas podem dizer o que acreditamos sobre Deus a partir do que escrevemos na paisagem?
Quando falo em “teologia do plástico” não quero dizer teologia barata, descartável e brega! Quero refletir sobre a importância e o poder espiritual de algo que surgiu há tão pouco tempo na história da humanidade, e no entanto se tornou onipresente e do qual todos nós nos tornamos dependentes.
A maioria dos lugares que conhecemos ao redor do mundo têm testemunhado o que vem sendo chamado “a rarefação da vida”. A forma pela qual uma pessoa vivencia experiências como essas vai, naturalmente, depender de que tipo de pessoa ela é. A formação e a experiência que Miranda e eu temos é na área artística, e às vezes a nossa resposta a essas múltiplas perdas tem sido emocional e bastante pessoal.
No ano passado, dois de nós de A Rocha Internacional participámos da Reunião de Cúpula sobre “Otimismo na Conservação” em Londres. Fui com a mente aberta, mas preocupado de que este seria simplesmente tapar o sol com a peneira, agarrando-nos a pequenos sucessos em conservação contra uma maré esmagadora de desespero. Afinal, como ser otimista quando 58% da vida selvagem no mundo desapareceu durante a minha vida?
A devastação de comunidades e habitats não foi tudo o que o furacão Irma deixou em sua esteira – imediatamente teve início um intenso debate público sobre se devemos ou não discutir mudança climática em momentos como esses.
Nossa família tem vivido no exterior nos últimos 21 anos e mudou-se para a Flórida uma semana antes de a região ser atingida pelo furacão Irma. De certa forma, má hora. No entanto, foi bom viver essa experiência em família.