Enfrentando o futuro: Perspectiva
Este é o primeiro de uma série de posts sobre o tema “Enfrentando o Futuro”. Vamos ouvir as reflexões de uma série de escritores que têm menos de 25 anos.
Um amigo esta semana me perguntou por que eu gosto tanto do céu («É uma pergunta genuína», disse ele). Isso me fez pensar, porque eu não havia considerado meu gosto pelo céu como sendo assim tão notável. Eu também nunca havia pensado nas razões pelas quais eu amo, de fato, o céu.
Minha resposta foi: «Perspectiva.» («Uma resposta banal, mas poderosa», comentou o meu amigo.)
Passei a noite de Ano Novo com um grupo de amigos que, como eu, estão todos na casa dos vinte e poucos anos. Uma das principais coisas em que refletimos foi como nossa atual fase na vida pode ser inquietante. No momento, muitos de nós estamos mudando de emprego e de cidade cerca de uma vez por ano, e não temos certeza de onde iremos parar. Muitos de nós também estamos apreensivos com os eventos que acontecem ao nosso redor; a preocupação com o meio ambiente não é algo com o qual crescemos, mas agora é uma parte regular de nossas conversas.
Durante o último mês eu tenho aprendido o Salmo 100. Começa assim: «Celebrai com júbilo ao Senhor, todos os moradores da terra. Servi ao Senhor com alegria e apresentai-vos a ele com canto.» Termina assim: «Porque o Senhor é bom, e eterna, a sua misericórdia; e a sua verdade estende-se de geração a geração.»
Minha perspectiva vem de quem o Senhor é. Em tempos de incerteza, me lembro do Senhor que é o criador de «toda a terra» e cuja verdade se «estende de geração a geração». O Senhor é o Senhor em todos os lugares. O Senhor é o Senhor através de todos os tempos.
Esta é a perspectiva que ganho ao olhar para o céu.
Olhando para o céu, me lembro da criação e do pequeno mas importante lugar que ocupo dentro dela. Sou lembrada do Criador e sustentador de «toda a terra». E olhando para o céu, me lembro de como o dia segue a noite. Lembro-me de como a fidelidade do Senhor «se estende», e permanece inalterada mesmo na escuridão.
No momento em que escrevo [fevereiro de 2020], minha avó está muito doente no hospital. A incerteza e a escuridão parecem muito reais. É inquietante vê-la assustada, e estranho ver a vulnerabilidade de minha mãe e meu avô, que geralmente são muito estóicos.
Meu pai estava tentando explicar ao meu tio – que é autista profundo e tem dificuldades de aprendizado – o que está acontecendo com minha avó. Ele desenhou uma árvore e explicou que as raízes da árvore não estão funcionando bem. Ele pediu ao meu tio para imaginar o que aconteceria com uma árvore se as raízes não fossem capazes de extrair nutrientes do solo. Isso é a fibrose pulmonar, disse ele. E então ele pediu a meu tio para imaginar o que aconteceria com a árvore se de repente houvesse muita chuva, e houvesse água afogando as raízes. Essa é a pneumonia, explicou ele.
O que fazemos ao enfrentarmos a incerteza?
Eu primeiro procuro obter perspectiva. Perspectiva que vem de quem é o Senhor.
Foto: Bleu skye, por Mark Purcell (CC BY-NC-SA)
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